quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Nessa tarde bucolica, de chuva e chuva... voltei ao meu velho livro "O Eu profundo e os outros Eus" do Fernado Pessoa, então me deparei com um trecho da poesia: Os tempos, especificamente o quinto/nevoeiro, então veio me a cabeça uma paráfrase:

Nem Rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é onde estas(a saber, internet), a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fatuo encerra.
Ninguem sabe que coisa quere.
Ninguem conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ancia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
O internet, hoje és nevoeiro...
É a hora!


Na verdade este texto me "bateu", a sombra da palavra do querido amigo Julio Cesar, que sempre fala comigo a respeito da internet, ele diz: Esse bicho não me pega, já tenho outros pra enfrentar... Se vc pensar é assim mesmo, se não ouviu falar dos roubadores de tempo, esse é um vil, das cavernas do norte, dos sombrios sistemas, vem esse implacavel devorador... tenha calma, tenha força, e vença.
Não deixe que seu tempo de viver passe na frente deste ladrão vil... Ouça a chuva que cai, os pingos... mergulhe nos raios do sol, veja o mar ou cachoeira, jogue bola com seu filho, beije na boca do seu amor, caminhe pela rua, vá a um show, cante por moedas na esquina de uma rua, sei-lá, viva a vida, viva as pessoas, não escondido através das teclas, mas de perto, de verdade...
Muito engraçado estar escrevendo isso num plano digital... mas Fernado me levou a ligar o PC e te dar uma idéia...

Agora se vira, com isso.

encerrando mais essa transmissão, VOU TOMAR BANHO DE CHUVA. É VERDADE... FUI

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